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domingo, 13 de janeiro de 2013

Arte: caminho para a felicidade



Orion, 28 anos, cidadão do mundo.
Há 12 anos atrás, Orion saiu de casa. Tinha 16 e já vivia da arte desde os nove. Atualmente, com 28, o rapaz de cabelos compridos e tatuagem no rosto trabalha no calçadão da XV de Novembro como músico de rua e fazendo porta-retratos com arame de alumínio.
Com uma filosofia de vida inabalável, Orion defende o desapego ao dinheiro e a valorização do que importa de verdade. “O que todo mundo precisa realmente é ter amigos e isso o dinheiro não pode comprar. Coisas que te dão uma felicidade real o dinheiro não compra”, conclui. Na opinião do artista, a vida tem que ser vivida em busca da felicidade. E tem maneira melhor de partir para essa busca senão através da arte?
Quanto ao conhecimento – que para muitos pode ser adquirido apenas nas escolas e universidades –, Orion também tem uma opinião forte a respeito: “Conhecimento a gente adquire vivendo, viajando pelo mundo e nos livros. Os livros são os nossos maiores mestres”, defende.
Enquanto Orion, o defensor da arte e da felicidade, fazia habilmente meu porta-retrato, tivemos uma breve conversa. Lembro de ter pensado em um certo momento: “Nossa! Quantas frases que ‘darão aspas’ ele já disse até agora”. Ele falava com tanta paixão de suas escolhas e seu modo de levar a vida que deixava sua filosofia pessoal bonita aos ouvidos. Sua paixão pela felicidade era clara e, para mim, ele já a tinha encontrado com a sua tão estimada arte.
Porta-retrato feito por Orion
Ao me entregar o porta-retrato pronto, ele explicou seu significado: “As notas musicais são a harmonia da vida da gente, e nós somos uma estrela”. O objeto até pareceu ficar mais bonito.
Ao se despedir de mim, Orion disse sua última “aspa”: “Se não há paz e harmonia no mundo, é porque a gente não deixa acontecer. Depende só de nós”. E então foi embora. Feliz.

Um comentário:

  1. Obrigada! Fiquei feliz com o seu comentário =)) Gostei bastante do seu blog também! Sucesso para nós :D

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