Orion, 28 anos, cidadão do mundo.
Há 12 anos
atrás, Orion saiu de casa. Tinha 16 e já vivia da arte desde os nove.
Atualmente, com 28, o rapaz de cabelos compridos e tatuagem no rosto trabalha
no calçadão da XV de Novembro como músico de rua e fazendo porta-retratos com
arame de alumínio.
Com uma
filosofia de vida inabalável, Orion defende o desapego ao dinheiro e a valorização
do que importa de verdade. “O que todo mundo precisa realmente é ter amigos e
isso o dinheiro não pode comprar. Coisas que te dão uma felicidade real o
dinheiro não compra”, conclui. Na opinião do artista, a vida tem que ser vivida
em busca da felicidade. E tem maneira melhor de partir para essa busca senão
através da arte?
Quanto ao
conhecimento – que para muitos pode ser adquirido apenas nas escolas e
universidades –, Orion também tem uma opinião forte a respeito: “Conhecimento a
gente adquire vivendo, viajando pelo mundo e nos livros. Os livros são os
nossos maiores mestres”, defende.
Enquanto Orion,
o defensor da arte e da felicidade, fazia habilmente meu porta-retrato, tivemos
uma breve conversa. Lembro de ter pensado em um certo momento: “Nossa! Quantas
frases que ‘darão aspas’ ele já disse até agora”. Ele falava com tanta paixão
de suas escolhas e seu modo de levar a vida que deixava sua filosofia pessoal
bonita aos ouvidos. Sua paixão pela felicidade era clara e, para mim, ele já a
tinha encontrado com a sua tão estimada arte.
Ao se
despedir de mim, Orion disse sua última “aspa”: “Se não há paz e harmonia no
mundo, é porque a gente não deixa acontecer. Depende só de nós”. E então foi
embora. Feliz.
Obrigada! Fiquei feliz com o seu comentário =)) Gostei bastante do seu blog também! Sucesso para nós :D
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