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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

AVISO IMPORTANTE: Novo endereço do blog

Parem de entrar nesse endereço! PAREMMMM!!

A partir de agora, o endereço do blog O Extra do Ordinário é, oficialmente, esse:











O blog, no novo endereço, continuará sendo o mesmo. As postagens antigas foram transferidas e o conteúdo não foi alterado. Para continuar visualizando as postagens, basta entrar no endereço novo

ESSE ENDEREÇO DEIXARÁ DE SER ATUALIZADO. 



Atenciosamente, 



Flávia Bianchi

domingo, 27 de janeiro de 2013

O vendedor de sorvetes do Parcão



Silas tem 50 anos e trabalha há 10 no Museu Oscar Niemeyer, o MON, vendendo sorvetes. O fim de semana no local é famoso: o gramado da parte de trás do museu, conhecido como Parcão, fica repleto de cachorros que são levados por seus donos para passear. Silas aproveita a oportunidade e leva o carrinho para vender sorvetes para o pessoal que se diverte com os animais. Quando o dia está quente, ele comemora: a venda é garantida.  
Fim de semana no Parcão
O vendedor mora em Piraquara, município da Grande Curitiba, e diz gostar da cidade. “Tem bastante fazenda, gosto porque é um lugar sossegado”, conta. A cidade combina com o Silas: é marcada pela tranquilidade.
Antes de trabalhar com o carrinho de sorvetes, o piraquarense era entregador. Trabalhava diariamente dirigindo um caminhão. Hoje em dia, se diz satisfeito com o atual emprego: é um trabalho tranquilo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A bela que embeleza



Confundir a cabeleireira Doris, 43, com uma de suas clientes não é difícil. Elegante e sempre de salto alto, a loira parece ter passado o dia inteiro se embelezando no salão em que trabalha.
Trabalho como modelo
Qual era a profissão antes da atual? Estudante. Doris começou cedo. Com 17 anos se mudou de Palmas, interior do Paraná, para Curitiba, e com 18 já era cabeleireira.
Há 25 anos no mesmo ofício, ela entrega: ama o que faz. “É uma profissão excelente, por isso continuo aqui”, justifica. No entanto, o lado ruim, como sempre, existe. Sábado, o dia de folga da maioria das pessoas, é um bom dia de trabalho no salão. Parar no sábado não é viável e muito menos rentável. Não é uma opção.
A palmense, além de ser cabeleireira, também é modelo fotográfica. Desde os 35 anos na profissão, já trabalhou em diversas peças publicitárias. A beleza, enfim, recebeu os devidos créditos.
O destaque, no entanto, fica mesmo para a primeira profissão: Doris corta cabelos como ninguém!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Arte: caminho para a felicidade



Orion, 28 anos, cidadão do mundo.
Há 12 anos atrás, Orion saiu de casa. Tinha 16 e já vivia da arte desde os nove. Atualmente, com 28, o rapaz de cabelos compridos e tatuagem no rosto trabalha no calçadão da XV de Novembro como músico de rua e fazendo porta-retratos com arame de alumínio.
Com uma filosofia de vida inabalável, Orion defende o desapego ao dinheiro e a valorização do que importa de verdade. “O que todo mundo precisa realmente é ter amigos e isso o dinheiro não pode comprar. Coisas que te dão uma felicidade real o dinheiro não compra”, conclui. Na opinião do artista, a vida tem que ser vivida em busca da felicidade. E tem maneira melhor de partir para essa busca senão através da arte?
Quanto ao conhecimento – que para muitos pode ser adquirido apenas nas escolas e universidades –, Orion também tem uma opinião forte a respeito: “Conhecimento a gente adquire vivendo, viajando pelo mundo e nos livros. Os livros são os nossos maiores mestres”, defende.
Enquanto Orion, o defensor da arte e da felicidade, fazia habilmente meu porta-retrato, tivemos uma breve conversa. Lembro de ter pensado em um certo momento: “Nossa! Quantas frases que ‘darão aspas’ ele já disse até agora”. Ele falava com tanta paixão de suas escolhas e seu modo de levar a vida que deixava sua filosofia pessoal bonita aos ouvidos. Sua paixão pela felicidade era clara e, para mim, ele já a tinha encontrado com a sua tão estimada arte.
Porta-retrato feito por Orion
Ao me entregar o porta-retrato pronto, ele explicou seu significado: “As notas musicais são a harmonia da vida da gente, e nós somos uma estrela”. O objeto até pareceu ficar mais bonito.
Ao se despedir de mim, Orion disse sua última “aspa”: “Se não há paz e harmonia no mundo, é porque a gente não deixa acontecer. Depende só de nós”. E então foi embora. Feliz.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Muito mais do que ficar parado



Quem passa constantemente pelo calçadão da XV de Novembro já está acostumado a ver os variados artistas populares que por lá estão. Entre outros números, encontram-se as estátuas vivas: pessoas que ficam estáticas por horas usando maquiagem ou tinta no corpo.
Engana-se quem pensa que o trabalho é fácil por não exigir movimentação. O sol incomoda, ainda mais quando as estátuas usam fantasias, e quando chove a situação fica ainda mais complicada. Além de tudo, o ofício exige concentração e resistência física. Conseguir ficar em pé e imóvel por horas e horas não é para qualquer um.

A estátua viva da foto se chama Gilberto e tem 22 anos. Não sei há quanto tempo ele está na profissão, por que está e nem outras informações. Porém, ter conseguido convencer uma estátua a falar o nome e a idade já está de bom tamanho.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Artista de corpo e alma


Isabella tem só 19 anos e já está certa de uma coisa: é uma artista! Seja cantando ou atuando, a menina de Curitiba nasceu para brilhar.
Sua carreira teve início há alguns anos. Em 2010, começou a ter aulas no Conservatório de Música Popular Brasileira. Foi aluna por um ano e meio.
Em 2011, a jovem artista iniciou um curso de formação de atriz. No fim do mesmo ano, atuou na minissérie “Amor em Tempos de Guerra”, produção do Casos e Causos, da Revista RPC, programa da RPC TV. Vale lembrar que a minissérie foi a grande vencedora no Prêmio RPC, em 2012, levando os três principais troféus.
No ano passado, Isabella iniciou suas aulas de canto lírico e o curso Corpos em Movimento, que prepara o ator em relação à noção corporal para o palco.
Atualmente, a menina se prepara para o vestibular da Faculdade de Artes do Paraná (FAP). O curso ainda não foi escolhido: musicoterapia ou teatro? Resta decidir. Além da faculdade, Isabella tem outros planos. Pretende iniciar um curso de dublagem e seguir com a profissão. “O que eu quero é trabalhar com aquilo que envolva a voz como ferramenta de trabalho”, explica.
Até agora, a futura atriz já participou de três peças. Seu último trabalho englobou a música e a atuação. Neste domingo (6), irá ao ar o primeiro episódio da minissérie “A Lenda das Encantadas”, também do Casos e Causos da Revista RPC. Isabella fará uma breve atuação como uma das sereias e sua voz será o "canto da sereia" na música tema da minissérie. Música esta que foi composta pela própria cantora.
Não é preciso fazer cursos e mais cursos para se tornar um artista “de verdade”. Isabella, a menina de riso fácil, ainda nem completou 20 anos e já está certa de que nasceu para viver em função da arte. E, artista que é artista, já nasce pronto, tem alma de artista. Como disse o escritor francês Anatole France, “o artista deve gostar da vida e mostrar-nos que ela é bonita”. E basta! Isso não impede, no entanto, que o talento possa ser aprimorado com alguns cursos aqui e outros ali...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Jardineiro há mais de uma década



Permanecer por mais de uma década no mesmo ofício não é para qualquer um. A fim de conseguir tal feito, o profissional tem que ser bom e, acima de tudo,  gostar do que faz. Anadir, 40, se encaixa nessas condições. Há 13 anos ele trabalha no mesmo negócio: jardinagem.
O que muitos enxergam como hobby, Anadir vê como meio de vida. Quantas pessoas não começam  a cuidar dos próprios jardins como uma maneira caseira de fazer  terapia? Não são poucos os que garantem ser uma das formas de relaxamento mais eficazes.
Desde os 27 anos trabalhando como jardineiro, Anadir diz que gosta do ofício. “Cada dia eu trabalho com algo diferente, em um lugar diferente. É disso que eu gosto”.
Uma das maiores dificuldades é trabalhar ao ar livre nos dias de sol forte. A pele, antes clara, hoje está dourada de tanto trabalhar sob o sol. O boné, às vezes sem muito sucesso, tenta diminuir os danos. Os olhos azuis, no entanto, continuam absurdamente claros.